Questão 87, caderno azul do ENEM 2019 – DIA 1

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) realizou 248 ações fiscais e resgatou um total de 1 590 trabalhadores da situação análoga à de escravo, em 2014, em todo o país. A análise do enfrentamento do trabalho em condições análogas às de escravo materializa a efetivação de parcerias inéditas no trato da questão, podendo ser referenciadas ações fiscais realizadas com o Ministério da Defesa, Exército Brasileiro, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Disponível em: http://portal.mte.gov.br.  Acesso em: 4 fev. 2015 (adaptado).

A estratégia defendida no texto para reduzir o problema social apontado consiste em:

A) Articular os órgãos públicos.

B) Pressionar o Poder Legislativo.

C) Ampliar a emissão das multas.

D) Limitar a autonomia das empresas.

E) Financiar as pesquisas acadêmicas.

Resolução em Texto

Matérias Necessárias para a Solução

  • Direitos Humanos e Legislação Trabalhista no Brasil
  • Organização do Estado e Políticas Públicas
  • Trabalho Escravo Contemporâneo

Nível da Questão Médio.

Gabarito A) Articular os órgãos públicos.


Passo 1: Análise do Comando e Definição do Objetivo

O comando da questão solicita a estratégia defendida no texto para combater o trabalho análogo à escravidão no Brasil.

Palavras-chave: “trabalho análogo à escravidão”, “ações fiscais”, “parcerias inéditas”, “órgãos públicos”.

Objetivo: Identificar a principal ação governamental citada no texto para enfrentar essa violação de direitos humanos.

O enunciado menciona ações fiscais e colaboração entre diferentes órgãos estatais, indicando que a abordagem principal é a articulação entre diferentes entidades públicas.


Passo 2: Tradução e Interpretação do Texto

  1. Contexto Histórico e Social
    • O trabalho escravo não foi totalmente erradicado, sendo encontrado em diversas áreas, como setores agrícolas, construção civil e indústria têxtil.
    • O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) lidera ações de fiscalização para identificar e libertar trabalhadores em condições de exploração extrema.
  2. Parcerias entre órgãos públicos
    • A luta contra o trabalho escravo envolve diferentes instituições estatais, como:
      • MTE: Responsável por fiscalizar e combater a exploração laboral.
      • Ministério da Defesa e Exército: Auxiliam na segurança das operações.
      • IBAMA e ICMBio: Monitoram a exploração de trabalhadores em áreas de desmatamento ilegal.
  3. Conclusão Parcial:
    • O combate ao trabalho análogo à escravidão não é responsabilidade de um único órgão, mas sim de uma rede de cooperação estatal.
    • A estratégia principal destacada é a articulação entre diferentes instituições públicas.

Passo 3: Explicação de Conceitos e Conteúdos Necessários

  1. Trabalho Escravo Contemporâneo
    • No Brasil, o trabalho análogo à escravidão é caracterizado por condições degradantes, jornada exaustiva, servidão por dívida e restrição de locomoção.
    • Esse tipo de exploração é ilegal e combatido por operações do governo.
  2. A Importância da Articulação entre Órgãos Públicos
    • Nenhuma instituição sozinha conseguiria enfrentar o problema de forma eficaz.
    • A colaboração permite uma atuação mais ampla e coordenada para:
      • Investigar e identificar empregadores infratores.
      • Proteger trabalhadores resgatados.
      • Punir responsáveis e evitar reincidência.
  3. Políticas Públicas e o Papel do Estado
    • O combate ao trabalho escravo faz parte das obrigações do Estado na proteção dos direitos humanos.
    • A atuação conjunta de diferentes órgãos fortalece a fiscalização e permite maior eficiência nas ações punitivas e preventivas.

Passo 4: Desenvolvimento do Raciocínio

O problema do trabalho análogo à escravidão não pode ser resolvido apenas com punições individuais. É necessário um esforço coordenado entre diversas instituições públicas para mapear, fiscalizar e combater essa prática.

  • A cooperação entre Ministério do Trabalho, Exército, IBAMA e ICMBio demonstra que o problema não se restringe apenas a questões trabalhistas, mas também envolve crimes ambientais e a necessidade de apoio militar em certas operações.
  • Sem essa articulação, as ações de combate ao trabalho escravo seriam ineficazes, pois muitos casos ocorrem em regiões remotas ou sob proteção de redes criminosas.

Assim, a resposta correta é a alternativa A, pois a principal estratégia mencionada é a articulação entre órgãos governamentais para intensificar o combate ao trabalho escravo.


Passo 5: Análise das Alternativas e Resolução

A) Articular os órgãos públicos.
Correta. O texto destaca a colaboração entre diferentes instituições (MTE, Exército, IBAMA, ICMBio), reforçando a necessidade de ações conjuntas para enfrentar o trabalho escravo.

B) Pressionar o Poder Legislativo.
Errada. O texto não menciona a necessidade de novas leis ou ações do Legislativo. O foco está na execução de medidas práticas por órgãos do Executivo.

C) Ampliar a emissão das multas.
Errada. Multas são uma ferramenta importante, mas o texto enfatiza a fiscalização conjunta, e não a penalização financeira como principal solução.

D) Limitar a autonomia das empresas.
Errada. O problema abordado não é a autonomia empresarial, mas sim a fiscalização e repressão de práticas ilegais.

E) Financiar as pesquisas acadêmicas.
Errada. Embora a pesquisa acadêmica ajude na compreensão do problema, o foco da questão é na fiscalização e combate direto ao trabalho escravo.

Alternativa correta: A) Articular os órgãos públicos.


Passo 6: Conclusão e Justificativa Final

O trabalho análogo à escravidão ainda é um problema grave no Brasil, especialmente em setores como o agronegócio, mineração e construção civil.

  • A solução principal mencionada no texto é a articulação entre diferentes órgãos públicos, garantindo ações de fiscalização mais eficientes e abrangentes.
  • A colaboração entre MTE, Exército, IBAMA e ICMBio demonstra que o combate ao trabalho escravo exige um esforço conjunto e coordenado.

🔎 Resumo Final: A luta contra o trabalho escravo depende da fiscalização eficaz, e essa fiscalização só é possível com a articulação entre diferentes instituições públicas.

Gabarito: A.

Inscreva-se na
nossa newsletter!