Questão 34, caderno azul do ENEM PPL 2021

É nesse sentido que se defendem a valorização e a inclusão das vozes dos grupos oprimidos, que deixam de ser silenciadas para ganhar espaço e reconhecimento no currículo escolar, superando visões etnocêntricas e homogeneizantes. No âmbito da educação física, isso significa o diálogo com o estudo das manifestações corporais dos diversos grupos culturais, sem qualquer tipo de hierarquização entre elas. NEIRA, M. G.; NUNES, M. L. F.; LIMA, M. E. (Org.). Educação física e culturas: ensaios sobre a prática. São Paulo: Feusp, 2014.

Com base nas ideias do texto, pode ser considerado(a) uma atividade visão homogeneizante e confira voz aos grupos oprimidos o(a):
A) prática de fundamentos do futebol.
B) preparação de uma rotina de ginástica.
C) desenvolvimento das técnicas do voleibol.
D) estudo da inserção do skate na cultura brasileira.
E) envolvimento dos alunos nas olimpíadas escolares.

📚 Matérias Necessárias para a Solução da Questão: Interpretação de Texto, Educação Física e Cultura, Diversidade Cultural.

📊 Nível da Questão: Média

📝Tema/Objetivo Geral: Compreender a valorização de manifestações culturais marginalizadas e a superação de uma visão etnocêntrica no currículo escolar.

🎯 Gabarito: D


Passo 1: Análise do Comando e Definição do Objetivo

📌 O enunciado destaca a importância de dar voz aos grupos oprimidos e superar visões etnocêntricas e homogeneizantes na educação física. A pergunta busca identificar uma prática que se oponha à visão homogeneizante e valorize manifestações culturais marginalizadas. Objetivo: Identificar a alternativa que representa uma prática que valoriza culturas marginalizadas e rompe com a hegemonia esportiva tradicional.

📌 Palavras-chave:
“Visão homogeneizante” – Trata-se da padronização cultural, que desconsidera a diversidade de manifestações corporais.
“Dar voz aos grupos oprimidos” – Significa incluir práticas que foram historicamente marginalizadas ou ignoradas.
“Manifestação corporal de diversos grupos” – Enfatiza que diferentes expressões culturais devem ser reconhecidas sem hierarquização.

Agora que o comando foi analisado e o objetivo definido, vamos explicar os conceitos e conteúdos necessários.


Passo 2: Explicação de Conceitos e Conteúdos Necessários

📌 Etnocentrismo e visão homogeneizante
🔹 O etnocentrismo ocorre quando um grupo impõe sua cultura como superior às demais, desvalorizando ou ignorando outras expressões culturais.
🔹 No contexto da educação física, essa visão homogeneizante privilegia esportes tradicionais (como futebol e vôlei), em detrimento de práticas menos institucionalizadas.

📌 Valorização das culturas marginalizadas
🔹 Uma prática inclusiva reconhece e valoriza expressões corporais historicamente marginalizadas, como a capoeira, o skate e a dança de rua.
🔹 Essas manifestações surgem de grupos sociais específicos e são frequentemente desconsideradas no currículo tradicional.

Com os conceitos estabelecidos, prossigamos para a interpretação do texto.


Passo 3: Tradução e Interpretação do Texto

📌 O texto argumenta que a educação física deve incluir manifestações corporais de diferentes grupos culturais, sem hierarquização.
📌 Relação com o conteúdo linguístico: O texto sugere que a educação física tradicional tende a privilegiar esportes convencionais, enquanto a inclusão de novas práticas amplia a representatividade cultural.

📌 Frases-chave:
“Deixam de ser silenciadas para ganhar espaço e reconhecimento” – Demonstra a necessidade de valorizar culturas historicamente marginalizadas.
“Diálogo com manifestações corporais dos diversos grupos culturais” – Defende uma educação física plural, que reconheça diferentes expressões corporais.
“Superando visões etnocêntricas e homogeneizantes” – Rejeita a imposição de uma única cultura dominante.

Agora que o texto foi interpretado, vamos desenvolver o raciocínio para a resolução completa.


Passo 4: Desenvolvimento do Raciocínio

📌 O comando pede que identifiquemos a alternativa que valoriza grupos marginalizados e se opõe à homogeneização cultural.

📌 O estudo da inserção do skate na cultura brasileira se encaixa nesse critério, pois:
✔ O skate surgiu como uma prática urbana associada a grupos periféricos e jovens marginalizados.
✔ Durante muito tempo, foi considerado um esporte informal, sem espaço na educação formal.
✔ Sua inclusão no currículo reconhece uma manifestação corporal historicamente excluída, indo contra a visão homogeneizante.

📌 Já esportes como futebol e vôlei são amplamente difundidos e institucionalizados, não representando grupos marginalizados.

Com o raciocínio desenvolvido, vamos analisar as alternativas apresentadas.


Passo 5: Análise das Alternativas (ou Argumentos) e Resolução

📌 Reescrevendo e analisando cada alternativa:

(A) Prática de fundamentos do futebol.
Errado! O futebol já é um esporte amplamente institucionalizado e dominante no currículo escolar, não representando grupos marginalizados.

(B) Preparação de uma rotina de ginástica.
Errado! A ginástica é uma prática tradicional e homogênea, sem vínculo direto com grupos historicamente excluídos.

(C) Desenvolvimento das técnicas do voleibol.
Errado! Assim como o futebol, o vôlei é um esporte já consolidado no currículo escolar, não sendo uma prática marginalizada.

(D) Estudo da inserção do skate na cultura brasileira.
Correto! O skate é uma manifestação corporal historicamente marginalizada, e seu reconhecimento valoriza um grupo cultural antes excluído.

(E) Envolvimento dos alunos nas olimpíadas escolares.
Errado! As olimpíadas escolares seguem um modelo tradicional de esportes convencionais, reforçando a visão homogeneizante.

Finalmente, vamos concluir a resolução com um resumo e a justificativa final.


Passo 6: Conclusão e Justificativa Final

📌 A questão aborda a valorização de manifestações culturais excluídas no currículo da educação física.

📌 O skate, historicamente marginalizado, representa um exemplo de manifestação corporal que ganha voz e reconhecimento, superando a visão homogeneizante.

🔍 Resumo Final: A alternativa correta é a D, pois o estudo da inserção do skate na cultura brasileira valoriza uma manifestação corporal historicamente excluída, indo contra a hegemonia esportiva tradicional.

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