TEXTO I

TEXTO II
Nas ruas, na cidade e no parque
Ninguém nunca prendeu o Delegado. O vaivém de rua
em rua e sua longa vida são relembrados e recontados.
Exemplo de sobrevivência, liderança, inteligência canina,
desde pequenininho seu focinho negro e seus olhos
delineados desenharam um mapa mental olfativo-visual de
Lavras. Corria de quem precisava correr e se aproximava
de quem não lhe faria mal, distinguia este daquele. Assim,
tornou-se um cão comunitário. Nunca se soube por que
escolheu a rua, talvez lhe tenham feito mal dentro de quatro
paredes. Idoso, teve câncer e desapareceu. O querido foi
procurado pela cidade inteira por duas protetoras, mas
nunca encontrado.
COSTA, A. R. N. Viver o amor aos cães: Parque Francisco de Assis.
Carmo do Cachoeira: Irdin, 2014 (adaptado)
Os dois textos abordam a temática de animais de rua, porém, em relação ao Texto I, o Texto II
A) problematiza a necessidade de adoção de animais sem lar.
B) valida a troca afetiva entre os pets adotados e seus donos.
C) reforça a importância da campanha de adoção de animais.
D) exalta a natureza amigável de cães e de gatos.
E) promove a campanha de adoção de animais

Resolução em Texto
Matérias Necessárias para a Solução da Questão
- Interpretação de texto
Nível da Questão: Médio
Gabarito: LETRA A
Passo 1: Análise do Comando e Definição do Objetivo
Comando: A questão pede para identificar como o Texto II se diferencia do Texto I.
Objetivo: Compreender como o Texto II aborda a temática dos animais de rua e como ele se diferencia da mensagem do Texto I, que foca diretamente na adoção de animais de rua.
Dica Geral: No Texto II, observe como a narrativa é construída em torno de um cão comunitário, sua vida nas ruas e sua interação com a cidade. Compare esse enfoque com o apelo direto à adoção presente no Texto I. Lembre-se que a questão não quer a semelhança entre os textos, mas sim a diferença.
Passo 2: Análise Detalhada dos Textos
Texto I:
A campanha apresenta uma imagem de um cão e um gato abraçados, com a frase “ei… me leve para sua casa!!!” como se os animais estivessem fazendo esse pedido (esse recurso foi usado como apelo para a adoção de um animal de rua). O foco é claro: incentivar a adoção, destacando a ideia de que esses animais precisam de um lar.
Texto II:
O Texto II narra a história de um cão comunitário, chamado “Delegado”, que vive nas ruas, com uma narrativa que enfatiza sua sobrevivência, liderança e inteligência. A história detalha como o cão escolheu viver nas ruas e como, mesmo sendo procurado, nunca foi encontrado após adoecer. A ênfase está na vida do animal nas ruas e sua relação com a comunidade, mas não diretamente na adoção.
Passo 3: Análise das Alternativas
A) A problematiza a necessidade de adoção de animais sem lar.
- Correto. O Texto II foca na vida do cão nas ruas e como ele se relaciona com a comunidade sem ser adotado, mostrando o lado oposto do Texto I, que foca diretamente na adoção de animais.
B) Valida a troca afetiva entre os pets adotados e seus donos.
- Errado. Embora o Texto II destaque o carinho que a comunidade tem pelo cão, ele não explora a troca afetiva entre pets e seus donos, como o Texto I faz ao sugerir adoção, visto que o cão sequer é adotado, pois é de rua.
C) Reforça a importância da campanha de adoção de animais.
- Errado. O Texto II não é uma campanha de adoção e não reforça essa ideia. Na verdade, ele mostra como animais de rua podem ter uma vida boa mesmo sem serem adotados.
D) Exalta a natureza amigável de cães e de gatos.
- Errado. O Texto II sequer menciona a interação entre cães e gatos (isso acontece no Texto I, onde existe a imagem de um gato abraçado com um cachorro), mas sim o comportamento e a sobrevivência de um cão em particular, com foco na sua experiência de vida nas ruas.
E) Promove a campanha de adoção de animais.
- Errado. Essa alternativa é similar à C e é o foco do Texto I, não do Texto II, como pede o enunciado.
Passo 4: Conclusão e Justificativa
A resposta correta é A) A problematiza a necessidade de adoção de animais sem lar.
O Texto II, ao contar a história de um cão comunitário e sua vida nas ruas não faz um apelo direto à adoção, como o Texto I. Ele apresenta um exemplo concreto de um animal que, embora não tenha sido adotado, teve uma boa vida com a comunidade.